Deputado questiona ex-secretária sobre reuniões com a JMK

A ex-secretária estadual da Administração, Dinorah Nogara, e o atual ocupante da pasta, Reinhold Stephanes foram ouvidos, nessa terça-feira (02), na CPI da JMK. Durante cerca de três horas, os deputados sabatinaram os depoentes para esclarecer dúvidas sobre os contratos entre o Governo do Estado e a empresa JMK que gerenciava a manutenção da frota oficial do Paraná.

Titular da CPI, o deputado Luiz Fernando Guerra (PSL) questionou a ex-secretária sobre quem eram os representantes da empresa que participaram das reuniões com o Governo do Estado. Dinorah era a titular da pasta em 2015, quando o contrato foi firmado e foi a responsável por dois aditivos, no mesmo ano.

“As sucessivas mudanças no quadro societário da JMK chamam atenção, tanto que já ficou comprovado o uso de laranjas para ocultar os verdadeiros donos. Porém, é importante esclarecermos se as pessoas que constam na lista de sócios participaram ou não de alguma reunião em nome da JMK ou foram apresentadas como representantes da empresa”, destacou. “Nosso papel como deputados é deixar tudo transparente para os cidadãos”, completou.

Dinorah destacou que não conheceu Aldo Marchini Junior, Jairo Cezar Vernalha Guimarães,  Marcos Luiz Robert Zanotto ou Guilherme Votroba Borges. Sobre o último, a ex-secretária afirmou ter ciência de que era o dono da JMK pela assinatura que consta no contrato. “Nunca os vi e não sei quem são”, disse.

Evolução de capital- Guerra registou suas dúvidas quanto à evolução do capital da empresa que começou com R$ 15 mil e em cinco anos chegou a mais de R$ 650 mil. Também indagou sobre os motivos que motivaram os dois aditivos firmados em um ano de contrato.

“O primeiro aditivo foi para possibilitar a conclusão do inventário. Na época o Estado tinha veículos de 1960 que passavam grande parte de tempo nas oficinas. O inventário de todo o patrimônio leva tempo. O segundo foi a renovação do contrato em si”, contou Dinorah.

MODELO EFICIENTE- Ambos os secretários de estado reconheceram que o modelo adotado para o gerenciamento da frota como eficientes, mas admitem a falta de mecanismos de controle mais rigorosos.

Reinold Stephanes, que foi secretário de administração em 2015 e voltou ao posto em 2019, já no governo Ratinho Jr., explicou que naquele ano não recebeu denúncias sobre irregularidades no contrato e que a continuidade no contrato, nesse ano, teve o “risco calculado”.

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