Deputado Guerra apresenta requerimento solicitando cancelamento de aplicação de revisão tarifária da Sanepar em 2021

Um requerimento protocolado pelo deputado estadual Luiz Fernando Guerra (PSL) nesta semana, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), solicita que a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) cancele a aplicação da Revisão Tarifária Periódica dos Serviços de Saneamento Básico (RTP 2021) da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), prevista para entrar em vigor a partir de maio de 2021.

A RTP é complementar ao reajuste anual e foi aprovada pela Agepar em reunião extraordinária realizada no dia 21 de outubro, sendo posteriormente divulgada por meio de Comunicado do Mercado pela Sanepar no dia 27 de outubro. A análise da RTP ocorre geralmente a cada quatro ou cinco anos e compreende a reavaliação das condições da prestação dos serviços e das tarifas praticadas pelas empresas de saneamento básico.

A primeira Revisão Tarifária Periódica da Sanepar foi homologada pela Agepar em 2017, estipulando um reposicionamento tarifário de 25,63% em oito anos e concedendo, na primeira parcela, correspondente ao ano de 2017, um reposicionamento médio de 8,53%. Para as demais parcelas foram aplicados o índice de reposicionamento de 2,11% acrescidas da correspondente correção financeira e econômica (taxa Selic). Este reposicionamento tarifário foi aprovado devido ao congelamento da tarifa realizada entre os anos de 2005 e 2010.

Em razão dos reflexos negativos causados pela pandemia na economia nacional e do Estado, e que ainda deve gerar conseqüências em 2021, o requerimento apresentado pelo parlamentar solicita o cancelamento da aplicação da RTP no próximo ano para que o cidadão paranaense e consumidor da Sanepar não venha a ser penalizado com aumento de tarifa de consumo de água e esgoto complementar ao reajuste anual, pois boa parte da população ainda luta pela manutenção dos seus empregos.

“Considerando-se que no Brasil os ciclos tarifários para as empresas reguladas nos setores de infraestrutura possuem duração entre três e cinco anos; sendo que dez das principais estatais de saneamento nacional estão com o ciclo fixado pelo prazo de cinco anos; requer-se para que este ajuste econômico-financeiro na tarifa seja cancelado para o exercício de 2021, vez que o ajuste financeiro advindo do reajuste anual já será capaz de manter o equilíbrio da empresa , por conta dos graves reflexos da crise nacional que assola os consumidores por conta dos reflexos da pandemia do coronavírus (Covid-19)´´, destaca trecho do requerimento.

Complemento – O valor das parcelas do índice de reposicionamento definido após a RTP em 2017 incidem sobre o reajuste anual promovido pela Sanepar. Em agosto deste ano a Agepar tinha aprovado um reajuste de 9,62% na tarifa, que acabou sendo suspenso no mês seguinte após um pedido do governo do Estado.

A composição do reajuste de 9,62% era dividido em 6,1860% da variação dos custos (energia elétrica, produtos químicos utilizados no tratamento da água, entre outros) e de uma composição de indexadores que incidem na variação da cesta de índices (IPCA, IGP-M e INPC), e os 3,4439% restantes tratavam-se da quarta parcela do diferimento tarifário aprovado em 2017 (2,11% acrescidas da taxa Selic).

Considerando que o reajuste suspenso neste ano deve ser aplicado em 2021, enquanto os paranaenses ainda estiverem pagando o parcelamento da revisão tarifária periódica anterior (3,4439%), o consumidor da água e esgoto da Sanepar poderá ser penalizado com mais um encargo caso a RTP 2021 seja realmente aplicada.  

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